A Ideologia Estatal

A ideologia estatal consiste em por o estado no papel central de solucionador dos problemas sociais. Tal mentalidade é propagada para que as pessoas deixem a autonomia e liberdade de lado em prol de fortalecer o poder estatal, para que este ultimo tome conta das necessidades da sociedade. Em outras palavras, esta visão estatizante enxerga o governo monopolístico como o paizão da grande família nação, que deve cuidar de seus cidadãos tal como um pai de família cuida de seus filhos. Este é o paternalismo político.

O paternalismo político interessa diretamente empresários corporativistas — quanto mais o estado tiver poder, mais benécies pode vender —. Por conta desse interesse, há uma classe mais perigosa de corporativistas, os metacapitalistas. Tais profissionais do lobby empresarial não se contentam em burlar a livre concorrência de vez em quando, mas buscam superar (meta) sistematicamente a livre concorrência (capitalismo). Para esta superação do livre mercado, investem pesadamente em mecanismos de mudança cultural — como o sistema educacional, jornalistas, artistas, intelectuais e políticos —, de modo a reforçar o paternalismo político. Rockefeller, Bilderberg, George Soros e Lemann (brasileiro) são alguns exemplos.

Por conta de todo o aparato de mudança cultural metacapitalista, lutar na guerra cultural ou ideológica é fazer o jogo do establishment. Não é uma guerra, é um massacre. Não há bilheteria ou adsense de trabalhos libertários/conservadores que possa se equiparar aos rios de dinheiro e poder que a dominação politico-cultural gera.

A via político-estatal também não é eficiente, visto que eleger políticos pró liberdade, melhorando a qualidade de vida da população, passa a impressão de que o estado funciona, porque a esmagadora maioria das pessoas não entende que é o livre mercado o responsável por atender suas demandas (do contrário, se as pessoas já quisessem-no, estaríamos desfrutando a liberdade econômica). Atender demandas sociais via eleição de liberais só reforça a ideia de que o estado é o responsável por atendê-las e abre caminho para que populistas sejam eleitos prometendo assistencialismos bancados pelos recursos angariados em tempos de responsabilidade fiscal.

Em vez de cortarmos as folhas da árvore do mal, temos que cortar sua raiz, isto é, descentralizar o poder. Sem centralização do poder, não há como comprar benefícios empresariais válidos para um território extenso (país/província). Em vez de apenas comprar o poder central, lobistas teriam que comprar políticos de cidade em cidade no municipalismo. Em vez de mudar de país, empresas prejudicadas poderiam simplesmente mudar para cidades vizinhas.

No lugar de combater o estado nas esferas cultural, ideológica ou político-estatal, temos apenas que focar na divulgação dos benefícios do municipalismo, vantagens estas que as pessoas já querem, já fazem parte do senso comum. Além disso, a descentralização do estado a nível municipal culminará em sua dissolução.

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