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Municipalismo: A Melhor Forma de Combater o Estado

Qual é a melhor forma de combater o estado e por quê é o municipalismo? A população já é a favor de descentralização do poder, embora seja anti separatista por confundir separação do estado com separação da população. Portanto, para ganhar mais adeptos à luta contra a centralização, deve-se propor descentralização sem secessão, deve-se propor o municipalismo confederalista. A população não quer o municipalismo por querer livre mercado ou estado mínimo. Para quem não entende que a concorrência entre cidades por empresas tal qual empresas competem por clientes obriga os municípios a oferecerem melhores condições de negócios, ou seja, para quem não entende o básico de livre mercado, o municipalismo não significa estado mínimo ou liberalismo econômico. Os leigos querem o municipalismo para que os políticos mais importantes estejam ao alcance da cobrança de seus eleitores, para que os problemas sociais sejam resolvidos por quem está perto deles e convive com eles, para que a participação in

Municipalismo: O Que Deve Ser Feito

Introdução A estratégia municipalista apresentada neste texto é a maneira de usar o ideal democrático por fora do estado, contra ele e de maneira permanente. O municipalismo proposto por esta estratégia é a confederação de municípios, isto é, a descentralização sem secessão. A secessão não está contida na proposta por causa das mentalidades nacionalista e globalista impregnadas no imaginário popular. E, como o objetivo de toda estratégia é ser viável, não se pode depender de mudanças culturais. Embora uma confederação de municípios não seja a emancipação completa dos municípios, pode-se impedir que o estado se centralize novamente retirando os meios do poder central de fazê-lo. A saber, a força e a legislação. O ideal democrático é o governo do povo para o povo, não o governo dos políticos para seus interesses particulares. E, quanto mais próximo o poder político está de seus eleitores, mais democrático um sistema é, ou aparenta ser, para quem não entende de livre mercado. Sendo assim,

Divisão do Trabalho Contra o Estado

A divisão do trabalho no mercado só funciona porque o sistema de preços diz a cada agente se está ou não no caminho certo por meio de lucros e prejuízos. Sendo assim, o que guia os ativistas na luta a favor da liberdade? Qual sistema nos revela se estamos sendo produtivos, perdendo tempo ou, pior, se estamos agindo de forma contraproducente? Absolutamente nenhum! Por não termos um sistema que meça o resultado de nossos esforços, precisamos traçar logicamente a direção para onde devemos caminhar em vez de cada um decidir aleatoriamente seu destino. Não se trata de acabar com a divisão do trabalho, mas de estabelecer um todo viável a ser construído por todos. Para encontrarmos o melhor caminho, primeiro precisamos estabelecer como ele deve se parecer, isto é, entender o que estamos procurando. Não podemos trilhar uma estrada esburacada nas encostas de uma montanha, temos que encontrar uma autovia duplicada em com pavimento adequado, para só então dividirmos nosso trabalho na constru

A Instauração do Municipalismo Precisa de Políticos?

Reformar ou Trocar A representatividade política é necessária para reformar o sistema vigente, pois, numa reforma, é necessário alterar centenas de leis. Senso assim, é completamente inviável mobilizar massas para apoiar uma a uma ou, em caso de apoio generalizado, o atendimento de algumas poucas demandas geralmente dispersa as multidões. Além de requerer grandes quantidades de recursos em eleições, a representatividade política não é contínua, mas cíclica. Quando políticos pró liberdade são eleitos e conseguem retirar um pouco do peso estatal, o estado leva os créditos pela melhora social, pois o povo acredita que o governo é o dirigente do país — afinal, se a maioria entendesse que o livre mercado supre suas demandas autonomamente, a maioria seria liberal —. Nas próximas eleições, o povo está mais crente no estado, afinal, votaram certo e a situação melhorou, e há mais recursos disponíveis para serem gastos em assistencialismo. Desse modo, em tempos de bonança econômica, popul

O Modelo Municipalista

Nós, o povo, estabelecemos a Constituição da Confederação Municipalista do Brasil, para prover instituições através das quais resguardaremos a justiça, a autonomia e a liberdade. Não é possível liberdade sem autonomia, pois, sem capacidades para perseguir seus objetivos, o indivíduo não é livre sequer de suas amarras. De mesma maneira, não é possível autonomia sem justiça. Do contrário, os objetivos dos homens entram em conflito e a autonomia de uns é destruída pela ambição de outros. Para que estes valores tão essenciais para qualquer civilização sejam resguardados, estabelecemos a Confederação Municipalista do Brasil, com o intuito de prover instituições pelas quais o povo, não o estado, guiará o seu próprio destino. Esferas 1. Proponho apenas as esferas municipal e federal. Para dissolver a esfera estadual, órgãos e empresas dos estados deverão ser transferidos para suas respectivas capitais e demais grandes centros urbanos, para então se adequarem à nova constituição.

A Ideologia Estatal

A ideologia estatal consiste em por o estado no papel central de solucionador dos problemas sociais. Tal mentalidade é propagada para que as pessoas deixem a autonomia e liberdade de lado em prol de fortalecer o poder estatal, para que este ultimo tome conta das necessidades da sociedade. Em outras palavras, esta visão estatizante enxerga o governo monopolístico como o paizão da grande família nação, que deve cuidar de seus cidadãos tal como um pai de família cuida de seus filhos. Este é o paternalismo político. O paternalismo político interessa diretamente empresários corporativistas — quanto mais o estado tiver poder, mais benécies pode vender —. Por conta desse interesse, há uma classe mais perigosa de corporativistas, os metacapitalistas. Tais profissionais do lobby empresarial não se contentam em burlar a livre concorrência de vez em quando, mas buscam superar (meta) sistematicamente a livre concorrência (capitalismo). Para esta superação do livre mercado, investem pesadament

Erro Fatal do Ancap.su

O canal de Youtube Ancap.su defende a tese de que o barateamento de transações comerciais promovida pela evolução tecnológica (internet) tornará organizações hierárquicas economicamente ineficientes, levando-as à extinção, e, como o estado é uma delas, seguirá o mesmo caminho. Embora a teoria econômica desta tese esteja correta, não culminará na dissolução estatal, porque peca em uma de suas premissas, a de que o monopólio da jurisdição era economicamente útil antes do mundo digital. O erro do fatalismo da informação consiste em assumir que o estado era economicamente viável antes da internet ( neste vídeo , de 9:42 aos 10:12), por conta de serviços de informação que, supostamente, somente a iniciativa estatal podia prestar, como cartório, justiça (processos criminais) e selos de qualidade (alvarás). Porém, a tese econômica desse fatalismo não abarca a suposição de que a prestação privada de tais serviços era economicamente inviável. E como sabemos que o livre mercado costuma ser