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Mostrando postagens de janeiro, 2020

A Instauração do Municipalismo Precisa de Políticos?

Reformar ou Trocar A representatividade política é necessária para reformar o sistema vigente, pois, numa reforma, é necessário alterar centenas de leis. Senso assim, é completamente inviável mobilizar massas para apoiar uma a uma ou, em caso de apoio generalizado, o atendimento de algumas poucas demandas geralmente dispersa as multidões. Além de requerer grandes quantidades de recursos em eleições, a representatividade política não é contínua, mas cíclica. Quando políticos pró liberdade são eleitos e conseguem retirar um pouco do peso estatal, o estado leva os créditos pela melhora social, pois o povo acredita que o governo é o dirigente do país — afinal, se a maioria entendesse que o livre mercado supre suas demandas autonomamente, a maioria seria liberal —. Nas próximas eleições, o povo está mais crente no estado, afinal, votaram certo e a situação melhorou, e há mais recursos disponíveis para serem gastos em assistencialismo. Desse modo, em tempos de bonança econômica, popul

O Modelo Municipalista

Nós, o povo, estabelecemos a Constituição da Confederação Municipalista do Brasil, para prover instituições através das quais resguardaremos a justiça, a autonomia e a liberdade. Não é possível liberdade sem autonomia, pois, sem capacidades para perseguir seus objetivos, o indivíduo não é livre sequer de suas amarras. De mesma maneira, não é possível autonomia sem justiça. Do contrário, os objetivos dos homens entram em conflito e a autonomia de uns é destruída pela ambição de outros. Para que estes valores tão essenciais para qualquer civilização sejam resguardados, estabelecemos a Confederação Municipalista do Brasil, com o intuito de prover instituições pelas quais o povo, não o estado, guiará o seu próprio destino. Esferas 1. Proponho apenas as esferas municipal e federal. Para dissolver a esfera estadual, órgãos e empresas dos estados deverão ser transferidos para suas respectivas capitais e demais grandes centros urbanos, para então se adequarem à nova constituição.

A Ideologia Estatal

A ideologia estatal consiste em por o estado no papel central de solucionador dos problemas sociais. Tal mentalidade é propagada para que as pessoas deixem a autonomia e liberdade de lado em prol de fortalecer o poder estatal, para que este ultimo tome conta das necessidades da sociedade. Em outras palavras, esta visão estatizante enxerga o governo monopolístico como o paizão da grande família nação, que deve cuidar de seus cidadãos tal como um pai de família cuida de seus filhos. Este é o paternalismo político. O paternalismo político interessa diretamente empresários corporativistas — quanto mais o estado tiver poder, mais benécies pode vender —. Por conta desse interesse, há uma classe mais perigosa de corporativistas, os metacapitalistas. Tais profissionais do lobby empresarial não se contentam em burlar a livre concorrência de vez em quando, mas buscam superar (meta) sistematicamente a livre concorrência (capitalismo). Para esta superação do livre mercado, investem pesadament

Erro Fatal do Ancap.su

O canal de Youtube Ancap.su defende a tese de que o barateamento de transações comerciais promovida pela evolução tecnológica (internet) tornará organizações hierárquicas economicamente ineficientes, levando-as à extinção, e, como o estado é uma delas, seguirá o mesmo caminho. Embora a teoria econômica desta tese esteja correta, não culminará na dissolução estatal, porque peca em uma de suas premissas, a de que o monopólio da jurisdição era economicamente útil antes do mundo digital. O erro do fatalismo da informação consiste em assumir que o estado era economicamente viável antes da internet ( neste vídeo , de 9:42 aos 10:12), por conta de serviços de informação que, supostamente, somente a iniciativa estatal podia prestar, como cartório, justiça (processos criminais) e selos de qualidade (alvarás). Porém, a tese econômica desse fatalismo não abarca a suposição de que a prestação privada de tais serviços era economicamente inviável. E como sabemos que o livre mercado costuma ser

Municipalismo é Ancapistão

A instauração do municipalismo, que pode ser facilmente alcançada dessa maneira , representa a inevitável destruição do estado a longo prazo, por conta de a concorrência absoluta entre cidades promover o livre mercado automaticamente e, por consequência, provar na prática que a liberdade econômica é sempre melhor que o monopólio estatal, destruindo as desculpas que o leviatã usa para se perpetuar. Concorrência Intermunicipal O estado só consegue se sobrepor às forças da livre concorrência se for organizado de maneira centralizada, de modo que lobistas não tenham que comprar políticos demais para criar leis a favor de mais regulamentação, imposto e burocracia, objetivando oligopolizar e cartelizar o mercado. Imagine se empresários corporativistas tivessem que comprar políticos de cidade em cidade para suplantar a livre concorrência? Ficaria mais caro o molho que o peixe! Ademais, mesmo a corrupção local seria dificultada, pois empresas prejudicadas, que são a grande maioria, mi

Biticoin não Derrubará o Estado

Muitos ancaps estão abraçando a ideia de que a virtualização do dinheiro promovida pelas criptomoedas fará o estado morrer de fome por não mais conseguir cobrar impostos. A crença nessa inevitabilidade da terra prometida é reconfortante, mas tomar a pílula azul não fará a Matrix desaparecer. A virtualização do dinheiro é um fato e certamente superará a moeda fiduciária. O estado não mais conseguirá se financiar por inflação, tampouco por rolagem infinita de dívida. O leviatã perderá o poder de rastrear nossas transações financeiras. Em síntese, negócios virtuais terão o poder de burlar completamente as garras dos governos monopolísticos quando a massa adotar a internet do dinheiro. E então o monopólio da jurisdição deixará de existir, como na época em que a internet não existia. Não, pera! Antes da era digital o estado também não tinha como registrar transações automaticamente. Não se podia comprovar o volume financeiro comercializado pelas empresas, como mesmo hoje vendas pag